O Patriarca Aléxis II publicou sua resposta à carta das lideranças islâmicas (relifgiosos e intelectuais) enviada a todos os chefes e presidentes das igrejas e organizações cristãs. O texto da carta enviada pelos muçulmanos está assinado por 138 teólogos e intelectuais. A resposta Patriarcal foi publicada em em russo e em inglês. Estamos providenciando uma tradução a partir do texto em inglês, por enquanto, divulgamos parcialmente o texto traduzido para o português.
"Agradeço a todos os líderes Islâmicos - religiosos e intelectuais – que se dirigem em carta aberta aos representantes das igrejas e organizações cristãs, inclusive ao Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa.
Os cristãos e os muçulmanos possuem muitos objetivos em comum, e podemos unir nossas forças para os alcançar. Mas esta união não poderá subsistir se não clarificarmos nosso entendimento sobre os valores religiosos um do outro. Partindo deste princípio, recebo com alegria a proposta da comunidade muçulmana de que seja estabelecido um diálogo sincero e aberto com representantes das igrejas cristãs de natureza acadêmica e intelectualmente honesta.
Cristianismo e Islã estão hoje engajados em uma tarefa de grande importância para o mundo. Eles buscam fazer com que a humanidade se conscientize da existência de Deus e da dimensão espiritual do homem e do mundo. Juntos testemunhamos que paz e justiça, moralidade e lei, verdade e amor, são realidades interdependentes.
Como os senhores muito bem afirmam em sua correspondência, cristãos e muçulmanos são concordes de que o maior mandamento é amar a Deus e ao próximo. Ao mesmo tempo, não acredito que identificar certos pontos que são teologicamente basilares para a vida religiosa, seja o suficiente para fixar uma convergência de fé. Qualquer afirmação no Cristianismo ou no Islã não pode ser vista de forma isolada do sistema teológico que cada um elabora. Caso contrário, a identidade religiosa de ambos estará ameaçada, gerando uma confusão da fé de ambos. Penso ser mais frutífero o estudo dos sistemas teológicos de cada um e compará-los.
No Cristianismo é impossível falar sobre amar a Deus e ao próximo dissociado daquilo que cremos sobre Deus. De acordo com a revelação do Novo Testamento, Deus se revela ao homem como Amor. “Quem não ama, não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1 João 4:8). “E nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor e quem está em amor está em Deus, e Deus, nele” (1 João 4:16). Não se pode deixar de ver nisto uma indicação de que a natureza de Deus em Si mesmo, tem no amor sua característica mais essencial e mais importante.
Os cristãos e os muçulmanos possuem muitos objetivos em comum, e podemos unir nossas forças para os alcançar. Mas esta união não poderá subsistir se não clarificarmos nosso entendimento sobre os valores religiosos um do outro. Partindo deste princípio, recebo com alegria a proposta da comunidade muçulmana de que seja estabelecido um diálogo sincero e aberto com representantes das igrejas cristãs de natureza acadêmica e intelectualmente honesta.
Cristianismo e Islã estão hoje engajados em uma tarefa de grande importância para o mundo. Eles buscam fazer com que a humanidade se conscientize da existência de Deus e da dimensão espiritual do homem e do mundo. Juntos testemunhamos que paz e justiça, moralidade e lei, verdade e amor, são realidades interdependentes.
Como os senhores muito bem afirmam em sua correspondência, cristãos e muçulmanos são concordes de que o maior mandamento é amar a Deus e ao próximo. Ao mesmo tempo, não acredito que identificar certos pontos que são teologicamente basilares para a vida religiosa, seja o suficiente para fixar uma convergência de fé. Qualquer afirmação no Cristianismo ou no Islã não pode ser vista de forma isolada do sistema teológico que cada um elabora. Caso contrário, a identidade religiosa de ambos estará ameaçada, gerando uma confusão da fé de ambos. Penso ser mais frutífero o estudo dos sistemas teológicos de cada um e compará-los.
No Cristianismo é impossível falar sobre amar a Deus e ao próximo dissociado daquilo que cremos sobre Deus. De acordo com a revelação do Novo Testamento, Deus se revela ao homem como Amor. “Quem não ama, não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1 João 4:8). “E nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor e quem está em amor está em Deus, e Deus, nele” (1 João 4:16). Não se pode deixar de ver nisto uma indicação de que a natureza de Deus em Si mesmo, tem no amor sua característica mais essencial e mais importante.
Uma essência isolada só pode amar a si mesmo: e o amor-próprio não é amor. Amor sempre pressupõe a existência do outro. Assim como o indivíduo não pode ter consciência de si mesmo se não estiver em relação com o outro, a pessoalidade de Deus se dá por Sua relação com o Outro. Esta é a razão pela qual o Novo testamento nos fala de Deus como subsistindo em três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Deus é a unidade das três Pessoas as quais possuem a mesma Divina Natureza, sendo esta natureza plena em cada uma Delas, sem que, com isto haja três “deuses”, mas um só Deus. Deus, a Trindade, é a plenitude do amor com o qual, cada uma das Pessoas (Hipóstases) comunica o Seu amor à outra Pessoa (Hipóstases). As Pessoas da Trindade estão unidas em Si mesmas “assim como Tu És em Mim e Eu em Ti” (João 17:21), Cristo falando ao Pai. “Ele Me glorificará, porque há de receber do que é Meu e vo-lo há de anunciar” (João 16:14). Palavras de Cristo sobre o Espírito Santo..."
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