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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Quinta-Feira, 6ª Semana após Pentecostes

1 Cor. 3, 18-23; Mt 13, 36-43 (Para ler os textos, clicar em cima das referências)

 

Contemplação do Evangelho de Cristo

CristoSembr

A missão de Cristo na terra estava cumprida, mas era necessário que nos tornássemos «participantes da natureza divina» do Verbo (2Ped 1, 4), isto é, que a nossa vida anterior fosse abandonada para se transformar numa nova [...]. De facto, enquanto viveu visivelmente entre os seus, Cristo surgia-lhes, segundo julgo, como o dispensador de todos os bens. Mas quando chegou o momento em que teve de subir ao Pai celeste, foi necessário que Ele continuasse presente entre os seus fiéis por meio do Espírito e que habitasse pela fé nos nossos corações (Ef 3, 17).
Aqueles em quem habita o Espírito são transformados e recebem d'Ele uma vida nova, como facilmente podemos demonstrar pelos exemplos tanto do Antigo como do Novo Testamento. Samuel, dirigindo-se a Saúl, diz: «O espírito do Senhor virá então sobre ti» (1Sam 10,6). E São Paulo afirma: «E nós todos que, com o rosto descoberto, reflectimos a glória do Senhor, somos transfigurados na Sua própria imagem, de glória em glória, pelo Senhor que é Espírito» (2 Cor 3, 18).
Vês como o Espírito transforma noutra imagem aqueles em quem habita? Facilmente os faz passar da consideração das coisas terrenas ao olhar voltado unicamente para as realidades celestes, e os conduz da tibieza à vida heróica. Foi o que sucedeu com os discípulos: fortalecidos pelo Espírito, não se deixaram intimidar pelos seus perseguidores, permancendo unidos a Cristo pelo vínculo de um amor invencível. Facto indubitável. É pois verdade o que nos diz o Salvador: «É melhor para vós que Eu vá» (Jo 16, 7). Pois esse é o momento da descida do Espírito Santo.

S. Cirilo de Alexandria (389-444)

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